segunda-feira, abril 26

Quarentando na quarentena

Quero me vestir
Não estou nú
Respiro, mas não sinto a vida em mim 
Esmoreço, caio, me dobro
Veias pulsam forte
Mas no vazio do meu peito,
Esse buraco negro que me assoma,
Nao sinto meu coração bater

Martela forte em minha garganta
O peso do tempo
Ouço chegar a quarta badalada
Meu ventre treme
Frio e pequeno
Como um medo que não sei do que.

Dentro da minha cabeça
Um turbilhão de desejos e lembranças
Sinto queimando o ar que me invade
Seco e puro
Como sólida brasa
que incandescente gela a goela
Como uma febre a me delirar.

A vida é  cara
Toda magia tem seu preço
O tempo cobra

So espero ter moedas o suficiente em minhalma para que o fio não se quebre

Um brinde...

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