terça-feira, agosto 18

Dor do crescimento

pesado fardo 
nessa incomum sensação de desespero e solidão 
forçando uma barra dura e árdua 
quero não sentir esse peso mas não tenho tanta força assim
 tenho medos, muitos
 tenho desejos, demais 
quando é que você volta 
não aguento mais não respirar 
me da um acalanto antes de trespassar a flecha
 me da um alívio antes desse gole de veneno 
o que quer de mim tem seu preço
 e eu te dou sem que precise pagar 
é cara a dor eu sinto 
e nessa balança não tem equilíbrio algum
 o que os olhos não vem... 
mas eles veem, 
maldita seja a visão que não desprega dessa retina

 não é justo cobrar me o cristal que deixaste cair,
 eu não tinha mãos pra aparar 

eu nem estava lá...