segunda-feira, maio 28

Frio na alma (Pepito Assis)

Assim que o dia amanhece
Na espinha e na mente
Meu corpo permanece quente
Como um calafrio
Que me percorre toda a calma,
Sinto calor na pele.
E sinto doer o frio na alma.


Saudade, não quero mais temê-la
Enfadonhas horas mornas de tensão e espera
E o coração que duro e frio congela
A paz que me tiraste volta ao peito
E dorme sem me acalentar por longa era.


Mas o corpo é um só e ignora
Que o momento de viver é agora
E por um pouco de calma e vida ele implora
E seca como folhas mortas que vento a fora
E se vão com a chuva fria embora


Grito um grito rouco
Imploro um socorro surdo
Embora hoje doa um pouco
O bom tempo que é pai cura tudo.

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